Divagar divagarinho

Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!
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12 de dezembro de 2019

 

sexta-feira da segunda semana do Advento

Quando as bruxas eram queimadas em nome de um cristianismo desvirtuado, os dirigentes da Igreja deixaram um flanco aberto por causa de sua omissão, e foi por este flanco que seus sucessores apanharam alguns séculos depois - acusados não mais de omissos, e sim de homicidas. A acusação foi injusta, mas mas a censura ao comportamento dos seus predecessores foi correta. Mesmo que a Igreja alegue, com muita razão, que dentro do contexto da época os dirigentes puseram freios nas Inquisições, a resposta foi tímida, e isso não apaga que posteriormente tenha sido tão difícil um reconhecimento formal de que pelo menos hoje os métodos empregados naquela época eram errados.

As críticas ao comportamento da Igreja no período da Inquisição quase sempre são pelos motivos errados, mas são - igualmente - quase sempre justas. A Igreja não matava, e se é verdade que, pelo contrário, se esforçava para não deixar matar, fazia muitas vistas grossas.

Então veio o pedido de desculpa pela condenação a Galileu, alguns outros pedidos de desculpas por algumas outras coisas e, por fim, chegamos ao ponto em que o Papa mandou retirar do catecismo qualquer hipótese em que o assassinato não seja um pecado.

E aí isto foi um absurdo para alguns, mais apegados às próprias tradições assassinas do que à Tradição da Igreja; também foi muito pouco para outros, que esperam do Papa um pop como o Engenheiros tenta pintá-lo desde os anos 80 (ou O Papa é Pop é dos anos 90? Mas não deve ser nem de antes dos 80 nem de depois dos 90, pelo menos).

Assim a Igreja segue sendo como os meninos do evangelho de hoje, que reclamam por ninguém ter dançado quando tocaram flauta, nem ter chorado quando tocaram canções de luto.

Quando a Igreja parece ser sanguinária, mesmo sem o ser, o problema é a "malvadeza" da Igreja; quando a Igreja parece ser populista (como toda catedral, segundo O Papa é Pop), mesmo sem o ser, o problema é a "liberalidade" da Igreja.

A Igreja, santa pela ação de Deus e pecadora porque são pecadores que a constituem - pois se fossem entrar nela só os santos, seria apenas a Santíssima Trindade dentro dela; esta Igreja santa e pecadora segue Cristo, acerta aqui, erra ali, se deixa corrigir por Deus e segue em frente, indo atrás de Cristo.

Mas as críticas, que devem ser feitas quando forem justas - e estão aí os casos de encobertamento de padres abusadores para lembrar que há, sim, ocasiões para críticas muito justas - às vezes parecem ser motivadas não por erros cometidos pela Igreja e sim por... bem, seria ir pelo mesmo caminho destas críticas tentar adivinhar o que pode estar por trás delas.

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