Divagar divagarinho

Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!
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21 de novembro de 2008

 

Sonho

Eu sou um sonho que não aconteceu. Sonhos não são reconhecidos. Ninguém dá importância aos sonhos - talvez apenas quem os sonhe; mas ninguém quer saber dos sonhos alheios. Especialmente dos que não aconteceram.

Como um sonho transforma-se em matéria? Como um sonho vira realidade? Se bem que sonhos são realidades, mas como este ser abstrato vira um ser concreto?

Do vapor à nuvem, da nuvem à chuva: como um líquido vira algo mais pesado que o ar?
O vapor precisa esfriar, e esfriar é diminuir o movimento. É necessária mais lentidão. Bem mais devagar.
É preciso cuidado para não parar demais: o gelo não é mais concreto do que o líquido, mas é duro e frio.

Que movimento o sonho faz rápido demais que possa ser deminuído? A rapidez do pensamento não pode cristalizar-se na imutabilitade do que está pronto, mas pode diminuir a ponto de ser perceptível aos nossos sentidos - os cinco sentidos não captam os sonhos, afinal de contas.

Mas não sei se consigo ir mais devagar, deixar de ser sonho, um sonho oculto, cuja beleza e fealdade não podem ser descobertas por mais ninguém. 

Apenas ir mais devagar, será uma boa resolução de fim de ano?