Divagar divagarinho

Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!
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7 de maio de 2007

 

Divagar divagarinho...

Eu tenho algo para dizer, mas não tenho palavras. Ou talvez tenha as palavras, mas nada para dizer. Não sei.



Segundo Schoppenhauer, lido por mim num daqueles livrinhos de dérreal da L&PM Pocket chamado A Arte de Escrever (que não é propriamente um livro do alemão, e sim uma coletânea de textos sobre a escrita), enfim, segundo o autor, a primeira condição para se escrever algo interessante e não-entediante para o público é ter o que escrever. Se você tem vontade de escrever apenas, e não tem o que dizer, apenas fará com que as pessoas percam seu tempo.



Eu não sei. É claro que você precisa ter algo para dizer para escrever. Mas como é possível não se ter nada a dizer?



Não é o caso de, por exemplo, um casal apaixonado à beira de um lago sob a luz da lua em uma agradável noite de verão, que pode passar horas a fio sem falar nada. Nesse caso, as pessoas não precisam dizer o que têm para dizer, ou dizem de outra maneira, ou o que teria para ser dito já está ali (o romance ou a beleza do momento, a tranquilidade, etc), ou não querem dizer nada e aproveitar outra coisa. Não se trata de não ter o que dizer.



Uma criança, um bebê, provavelmente também têm o que dizer, só que às vezes não têm meios de se fazerem compreender - pois crianças e bebês dizem, seja rindo ou chorando. Animais também. Não estou dizendo que uma criança é um esquilo.



Uma pessoa pode ter, para dizer, algo que já foi dito antes. Ou pode ter um adendo, uma observação, pra dizer.



Eu também não estou querendo salvar os assuntos inssossos. Já li livros muito toscos, já conversei conversas idiotas, e já falei, também, apenas por falar.



Dizer alguma coisa, às vezes, pode ser só dizer, alguém que ouça, e que talvez diga algo. Existem até as pessoas que falam sozinhas.



Aí chegamos no ponto deste blog. É praticamente mais um bloco de notas do que um blog. Porque, assim como as coisas que eu anoto, só eu leio. Pode ser que alguém leia minhas anotações, mas é só uma possibilidade que praticamente não interfere no que é escrito.



Eu acho que, sem querer, inventei um novo conceito na Internet: o blogue de notas. Um blog pode virar muitas coisas: espaço de informação, um meio de se comunicar com pessoas que você conhece, um diário. Eu faço um blogue de notas.



Bom, talvez não seja nenhum novo conceito internético. Tudo bem. Mas com certeza isso é um blogue de notas.





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