Divagar divagarinho

Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!
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14 de maio de 2007

 

Bom velinho

Está frio. Por isso, estou aqui, relaxando, comendo bolacha maria molhada no café bem quentinho com leite e adoçante (regime é foda), ouvindo Tim Maia Racional (O Caminho do Bem) e lendo notícias.



Aí eu entro no site da Folha on-line, e o que eu leio? Que o papa mostrou uma desconhecida faceta carismática na visita ao Brasil!



Eu não sou a pessoa mais imparcial para falar do papa. É muuuito fácil para mim antipatizar com esse alemão.



Mas dizer que esse cara é simpático?!? Do outro papa, o JPII, eu também não gostava. Mas sempre tive de admitir: era um velinho simpático. Era um filho da puta, mas até eu fiquei com pena dele com mal de parkinson, até eu achava o máximo ele beijar a terra dos lugares para onde ia, mesmo quando precisava que a colocassem em uma caixinha porque a coluna não deixava mais ele se abaixar, até eu achava uma graça que ele dissesse que, se deus é brasileiro, o papa é carioca, ou cantasse no RS "ucho, ucho, ucho, o papa é gaúcho" (rimas forçadas à parte). Um calhorda adorável.

Isso era alguém carismático! Eu comecei a simpatizar com o velho quando, olha que bobagem, vi ele todo vestidão de papa, toda aquela brancura na roupa, a touquinha na cabeça, e um tênis nos pés. Era um papa que fazia uma ótima presença, e, tudo bem, me convenceu. Não o torna menos machista, menos preconceituoso, mas, enfim, mesmo o Collor, ainda é carismático, fazer o quê?



Eu entendo, odeio mas entendo, tenh nojo mas entendo, me revolto mas entendo que a mídia faça propaganda do papa. Não vivemos em um país onde a igreja separou-se do Estado, na prática. Um exemplo disso é que vivemos sob a proibição cristã ao aborto e ao casamento entre homossexuais. Mentem, a gente sabe. Mas descaradamente assim? Desavergonhadamente assim? Ratzinger simpático?



Tudo bem que muito do que a mídia diz vira verdade porque a mídia disse, fosse verdade antes ou não, já não importa depois de dito e crido. A mídia diz, o povo acredita. Mas a mídia precisa se contorcer. São movimentos sutis os necessários para fazer dos Sem Terra um movimento diabólico, dos EUA o paraíso, da América Latina um inferno, etc. A coisa quase sempre é bem montada.



Mas mentir assim, de uma maneira tão escancarada! Dizer que porque ele apareceu na janela do quarto ou quebrou o protocolo caminhando com as pessoas, tornou-se carismático? Qualquer pop-star faz isso, e o papa, como descobriram os engenheiros hawaianos, é pop. Dissessem que o Ratzinger é pop. Seria simpático. Mentiroso mas simpático. Simpatia independe, infelizmente talvez, de V ou F.



Eu sinto como se eu tivesse lido que o papa levitou com o poder o espírito santo (a divindade, não o estado).



Enfim, eu, que estava relaxando, lendo bobagens, tive que parar tudo para comentar isso, que o papa é, segundo a Folha de S. Paulo em sua versão on line, carismático.



Quando eu tiver dinheiro, poder e fama, espero que digam que eu peso 50kg. Se o carisma ratzingeriano colar, qualquer coisa cola.





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