Divagar divagarinho

Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!
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26 de fevereiro de 2007

 

Romance no deserto.

(No meu caso, é menos romance e mais deserto,

mas eu adoro essa música)


Eu tenho a boca que arde como o sol
O rosto e a cabeça quente
Com Madalena vou-me embora
Agora ninguém vai pegar a gente

Dei minha viola num pedaço de pão
Num esconderijo e uma aguardente
Mas um dia eu arranjo outra viola
E na viagem vou cantar pra Madalena

Não chora não querida que este deserto finda
Tudo aconteceu e eu nem me lembro
Me abraça minha vida, me leva em teu cavalo
Que logo no paraíso chegaremos

Vejo cidades, fantasmas e ruínas
A noite escuto o seu lamento
São pesadelos e aves de rapina
No sol vermelho do meu pensamento

Será que eu dei um tiro no cara da cantina
Será que eu mesmo acertei seu peito
Vem, vamos voando minha Madalena
O que passou, passou, não tem mais jeito

Naquela sombra vou armar a minha rede
E olhar os solitários viajantes
Beber, cantar e matar a minha sede
Lá longe onde tudo é verdejante

Não chore não querida que este deserto finda
Tudo aconteceu e eu nem me lembro
Me abraça minha vida, me leva em teu cavalo
Que logo no paraíso estaremos

O padre vai rezar uma prece tão antiga
Domingo na capela da fazenda
Brinco de ouro e botas coloridas
Nós dois aprisionados nesta lenda

Ouço um trovão e penso que é um tiro
A noite escura me condena
Não sei se vivo, morro ou deliro
Depressa pegue a arma, Madalena

Tem uma luz por traz daquela serra
Mira, mas não erra minha pequena
A noite é longa e é tanta terra
Poderemos estar mortos noutra cena

Não chora não querida que este deserto finda
Tudo aconteceu e eu nem me lembro
Me abraça minha vida, me leva em teu cavalo
Que logo no paraíso dançaremos


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