Divagar divagarinho

Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!

19/02/2007

 

Arqueologia de um CD

Tudo começou quando Elis Regina gravou "O bêbado e a equilibrista". Fizeram muitos discos e, anos depois, gravaram em CD. Algum tempo depois, alguém copiou essa música para o seu computador, e, tempos mais tarde, a mesma ou outra pessoa subiu a música para a Internet (segundo minha ex-professora, "Internet" é com maiúsculo porquê existe só uma Internet no mundo. Que coisa, não?).
Muuuito tempo depois, eu copiei a música da Internet, e ela ficou gravada no computador. Passaram-se mais alguns anos, eu economizei algum dinheiro e, há poucos dias, comprei um gravador de CD para desafogar um pouco o computador. Copiei várias músicas para um CD da Faber Castell, (incluindo O bêbado e a Equilibirsta) e deletei-as do computador.
Agora, neste momento, procuro o CD da Faber Castell onde está gravada O bêbado e a equilibrista e não encontro, e estou morrendo de vontade de ouvir a música.

Eu não sei se esta história serve como (mais) um exemplo na minha vida para que eu comece a me organizar. Eu não sei se esta história serve como metáfora para que eu me dê conta de que qualquer história começa em um ponto arbitrariamente convencionado e termina em outro ponto na mesma condição (por exemplo:eu poderia ter começado esta arqueologia do meu CD contando dos primórdios da gravação no mundo, ou contando sobre o início da música brasileira - assuntos, aliás, que eu não domino - e terminado contando sobre como eu decidi dar uma pausa na busca e escrever um pouco). Eu não sei se tudo isso não faz parte de um plano maior para que encontremos Cristo, ou para que os extraterrestres dominem o cosmos. Eu não sei.

Só sei que às vezes me surgem essas estranhas obsessões, como esta de querer ouvir esta música agora, e eu revirarei a casa inteira, deixando-a mais bagunçada ainda (e tornando mais provável, assim, que outras coisas se percam), até encontrar este CD.

Eu poderia, alternativamente, intitular este post como "As bagunças e as coisas", que falaria sobre as metáforas que este episódio encerra (incluindo uma interpretação minha do quadro Las Meninas) mas, assim como este que digitei, não seria um texto tão elegante quanto o de Foucault. Eu poderia também cantar a música, e não soaria tão bem quanto na voz de Elis, a Regina.

Fim do post

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