A minha frustração artística é consequência imediata da minha falta de habilidade.
Eu sou (no sentido de "me considero") um ... magistral.
As reticências estão ali porque eu não sei o nome do que eu sou:
Público: eu sou o público das artes, um integrante das massas anônimas que vêem, assistem, prestigiam, ouvem, etc as obras de arte alheias. Mas público é público: o público usa metrô, e eu não sou um passageiro de destaque; o público opina, e eu não me destaco nas minhas opiniões; o público, aliás, é público e eu, apesar de ser tão público, sou muito privado (mezzo timidez, mezzo orgulho).
Consumidor: eu poderia me considerar um grande consumidor da arte, mas aí pareceria que eu compro. O problema é que dificilmente eu gasto um centavo com arte. Não me orgulho disto, mas todo o meu dinheiro vai para filhos, aluguel, cigarro, transportes e comida (e até a comida eu compro com va e vr, então nem gasto diretamente dinheiro em comida). Eu consumo vorazmente a arte com os sentidos e a mente, o que é virtuoso mas não movimenta o mercado.
Espectador: seria o termo mais exato, mas me parece muito restritivo a espetáculos como circo e teatro. Soa como platéia, e para mim significa gente sentada nas cadeiras vendo e ouvindo os artistas.
Leitor, ouvinte, fã: se restringem muito a determinadas áreas da arte.
Como se chama este ser passivo a quem a arte se dirige e em quem não produz arte depois que ela chega?
Além de não saber o que eu sou, eu não sei criar, e nem mesmo reproduzir externamente a arte. Ainda não encontrei a chave que abre a cela em que ela está presa dentro de mim. E talvez nunca a encontre.
Uma das maiores vantagens de São Paulo é a facilidade de encontrar uma missa. Na área da arquidiocese (que é uma porção abrangente mas limitada da cidade, já que ela se divide entre quatro dioceses) dá para pesquisar missas pelo site da arquidiocese.
Apesar de ter algumas coisas irritantes na busca do site, só o fato se ter esta busca é uma maravilha inigualável.
Além disto, tem missas diariamente das 06:00 às 20:00, embora período entre 13:00 e 15:00 seja problemático - considerando que é um "bom problema", já que em outros lugares do país a maioria das missas é uma às 07:00 e outra às 18:00 e por isto tem que se virar nos trinta até para ir na missa de domingo, o único dia em que tem mais horários de missa.
Alguns colegas de trabalho acham muito bonito que eu vá na missa quase todos os dias, como se eu fosse um santo por isto, mas eu, particularmente, penso que se eu fosse santo aí sim é que não iria, porque nesse caso não precisaria. Aliás, é bem pelo contrário: eu vou na missa porque eu não sou santo, e acho que se pode medir a minha insantidade pelo tanto que eu vou na missa.
Visite:  ||  Instituto Humanitas Unisinos - IHU.  ||  Religión Digital  ||  Site do Vaticano  ||  Agencia Informativa Latinoamericana S.A.  ||  Radio Reloj  ||  |
Arquivo de postagens: dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 maio 2007 junho 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 março 2008 abril 2008 junho 2008 julho 2008 agosto 2008 setembro 2008 outubro 2008 novembro 2008 fevereiro 2009 abril 2009 maio 2009 fevereiro 2011 março 2011 junho 2011 março 2017 abril 2017 maio 2017 junho 2017 outubro 2017 abril 2018 agosto 2018 setembro 2018 janeiro 2019 abril 2019 maio 2019 junho 2019 setembro 2019 novembro 2019 dezembro 2019 janeiro 2020 fevereiro 2020 julho 2020 agosto 2020 setembro 2020 outubro 2020 julho 2024 setembro 2024