Divagar divagarinho
Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta: que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda!
13/02/2007
Uma breve história do tempo
Meu computador é a melhor coisa do mundo. Através dele eu pude entender, por exemplo, por exemplo, porque motivo, quando olhamos para o céu, olhamos para o passado.
Quando você vê uma estrela, você está vendo a luz que ela emitiu. Como ela está muuuito longe, leva muuuito tempo para que a luz chegue aqui. Uma estrela que você vê agora pode nem existir mais.
Um exemplo mais claro e concreto? No meu micro, eu clico em fechar o windows media player, abrir o firefox e digito www.google.com.br. No exato momento em que fiz tudo isso, uma estrela emitiu um facho de luz. A luz emitida neste momento somente chegará aqui lá por 3051, mais ou menos. E, dois minutos depois que esse facho de luz (emitido agora) chegar à terra, o meu computador terá finalmente fechado o windows media player, aberto o firefox e carregado a página do google.
Não é incrível?!? Meu computador está em ressonância com as mais distantes estrelas do universo!!
E não é só isso: meu micro está destinado a ser histórico. As gerações futuras terão, graças ao meu computador, uma oportunidade única de ver como funcionava a informática em idos de 2007 - ao vivo!! E, assim, meu nome será inscrito na História, devido a este meu legado às futuras gerações. E tudo porque o meu computador é lento, lento, lento.
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11/02/2007
Vovó Mafalda
Eu tenho um computador? Tenho. Eu tenho uma placa de rede cheia de nomes em inglês? Tenho. Eu tenho um modem roteador, com um cabo que o liga na placa de rede e outro que o liga na luz? Tenho. Eu tenho energia elétrica em casa? Tenho. Eu tenho sinal de DSL? Tenho. Eu tenho um provedor de DSL? Tenho. A conta da Brasil Telecom está em dia? Sim. A conta do provedor de DSL está em dia? Sim. Eu consigo usar a DSL? Não.
Só me falta o nariz de palhaço, agora - porque o resto eu já tenho.
Cito Vovó Mafalda:
- Que horas são, criançada? (ou era o Papai Papudo que dizia isso?)
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09/02/2007
Técnicas
Eu acho que realmente tenho uma maneira muito estranha de lidar com as coisas.
Por exemplo: eu me apaixono, e percebo que não rola, não vai dar certo, no way. O que eu faço? Ao invés de me afastar, ou pagar para ver e dizer o que eu sinto, como qualquer pessoa normal (tenho braços, uma boca, pernas, essas coisas todas relativamente comuns em seres humanos - trata-se de outras anormalidades) faria, eu me aproximo do grande amor da minha vida, e convivo com ele.
A minha lógica é mais ou menos a seguinte: se eu me apaixono, eu quero conhecer essa pessoa (entre outras coisas). E, conhecendo essa pessoa, eu descubro motivos que fazem com que eu perceba que, por mais que eu tenha me apaixonado, não daria certo. Claro, eu não sei ainda o que fazer com as coisas que fazem com que eu sinta que daria certo, mas nem todo plano é perfeito. Mas eu já estou me enjoando um pouco. Pelo menos, me enjoando com a idéia de ficar chorando pelos quatro cantos a minha dor. Me dei mal inúmeras vezes na vida, mais uma ou menos uma eu já nem sinto tanto assim. Quer dizer, sinto tanto quanto qualquer outra vez, mas não fica mais tão difícil de lidar com a situação, isso não me derruba mais tão facilmente, ou, pelo menos, não por tanto tempo.
Não é como se meu sistema imunológico tivesse finalmente aprendido a me proteger de amores complicados/impossíveis/sem futuro/etc, mas ele aprendeu a, pelo menos, se recuperar mais depressa, reerguer a guarda toda mais rapidamente.
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08/02/2007
Sal Paradise
Primeira coisa: eu entro de férias, e poucos dias depois, o raio da internet discada pára de funcionar.
Segunda coisa: quando faltam menos de dez dias para eu voltar das férias, eu abro meu computador, deito ele de lado, não mexo em nada, e a internet volta. Quando eu tiver um carro, se ele parar de funcionar, eu espero que ele volte a funcionar quando eu deitá-lo de lado. Meu rádio, meu celular, as lâmpadas da minha casa, também.
Terceira coisa: é assustador você abrir sua caixa de email e ver um bilhão de emails não lidos. Tenho quase certeza de que 999.999.990 são spams, 3 são correntes, 4 devem ser mailing-lists (como deve ser isso em português?), e outros três devem ser coisas importantes. Amanhã eu vejo, não tive coragem hoje...
Quarta coisa: na falta de internet, assisti a todas as três temporadas disponíveis na locadora de Gilmore Girls. Sorte que eu conheci esse seriado antes de conhecer cocaína, porque agora eu já tenho um vício caro do qual eu não posso me livrar, e não preciso mais querer experimentar cocaína para ter um vício caro do qual eu não posso me livrar - cada um com as suas coisas decadentes.
Quinta coisa: é uma vergonha que eu precise estar de férias e sem internet para ler decentemente um livro, mas: como eu estava de férias e sem internet, resolvi ler decentemente um livro chamado On The Road (que, no Brasil, foi traduzido por Pé Na Estrada, mas acho que até mesmo no Brasil deve ser mais conhecido por On The Road). O livro é todo cheio de significados importantes, como ter sido um precursor da tal geração beat, dos hippies, do movimento punk, inspirou David Bowie, pessoas que o leram quando foi lançado largaram tudo e foram fazer as coisas que leram no livro, etc, mas mesmo assim é um livro legal. Odeio livros com significados importantes. Mas o pior é que a maioria deles são bons mesmo. Vou me retificar, então: odeio significados importantes para livros. Mas, rabugices minhas à parte, o livro é bem a cara dos tempos modernos mesmo. A maneira como foi escrito, as experiências que narra, são bem o tipo de coisas que ainda vigoram com força atualmente. A única coisa que ninguém falou desse livro é que, pelo menos até a página em que eu li, é um livro sobre homens e suas experiências. Nisso ele não é nada inovador e mantém tudo como está.
Sexta coisa: citação de uma frase legal do livro: "
mañana, uma palavra adorável que provavelmente quer dizer paraíso." (capítulo 13)
Oitava coisa: alguém no mundo leva mesmo a sério esses marcadores para os posts??
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25/01/2007
Paranóia??
Eu assisto a uma sériezinha, dessas bem no estilo enlatado norte-americano, que, resumindo, tem como assunto uma agente secreta da CIA, chamada Sidney Bristow, que precisa enfrentar mil coisas para - salvar o mundo, que é tudo o que os EUA fazem. Mas a série é legal. É uma mistura de MacGyver com uma rave e novela mexicana, com muitos segredos revelados, gente morta que não morreu, de repente se descobre que fulano não é filho de quem pensava, e quem menos se imagina é irmão de alguém.
Apesar de gostar, existem muitas coisas que eu critico nessa série (que se chama "Alias - Codinome:Perigo"... Tosco, mas é legal). Uma das críticas que eu sempre fiz é o seguinte: eles sempre estão às voltas com algum tipo de arma secreta que pode comprometer a vida de milhares de pessoas. E eu me irrito com isso, porque é muita paranóia. Imagine que as pessoas estão inventando armas a toda hora!! Maluquice da série, falta de assunto.
Mas não é que no jornal El país noticia isto?: "
Estados Unidos ha desarrollado un revolucionario sistema para repeler enemigos: el Active Denial System emite ondas de calor, que son invisibles y que penetran en la ropa del enemigo, provocando una sensación de subida de temperatura en el cuerpo". Na mesma matéria, explicam que a coisa não mata, e que até é muito melhor do que bala, menos perigoso e tal.
Ah, convenhamos!!! Se fazem uma arma que pode aumentar a temperatura do meu corpo a 500m de distância, eu vou acreditar que A) essa arma não pode ser usada a distâncias maiores (qual a distância entre o Iraque e os EUA?), e que B) a potência da arma não pode ser aumentada para me torrar feito uma pipoca de microondas???
Eu nunca acreditei seriamente em teorias da conspiração, essas coisas todas cheias de comunidades no orkut. Mas dessa fez, fiquei com medo.
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